sábado, 1 de outubro de 2011

Calçadas + Toque Itália + Orquestra Bachiana + Cheiro

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Hi Folks!

Chegou outubro e assim caminhamos para o último trimestre do ano. Já já começam os jingle bells!

Comentário.

Como caminhar pelas calçadas das cidades brasileiras? Ao que me refiro? Aqui em RP, por exemplo, a cada dia se torna um desafio com a falta de respeito ao pedestre. Primeiro,  as calçadas estão cheias de buracos como armadilhas, mal cuidadas pelos proprietários ou pelo poder publico. Depois, vem as lojas, empresas ou residências que fazem reformas ou construções e simplesmente avançam pelas calçadas com andaimes monstros, tapumes decadentes e caçambas apavorantes.

E como andar pela calçada? Não anda. No centro de RP é uma grande aventura, pois com um trânsito louco, você fica refém e tem que enfrentar aquelas maquinas pilotadas por seres que pensam que são os donos das ruas (não importa o tipo do carro).

Em cidades civilizadas, cuja prefeitura tem a preocupação e são punidas se não o fazem, a fiscalização funciona e um caminho para o pedestre trafegar com segurança é criado. Aqui não: ninguém sabe, ninguém vê e ninguém faz.

Então fica a sugestão para aqueles que querem praticar um esporte de alto-risco: ir ao centro de RP e superar os obstáculos das calçadas. Com certeza é adrenalina pura. Agora para os simples normais que vão ao centro para trabalhar, pagar contas ou comprar produtos é um sofrimento. Triste!


Cantinhos em RP.
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Com um toque de Itália no Restaurante Amicci-RP. http://www.amiciristorante.com.br/



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Comidinhas.
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Massa com camarão e muito queijo. Delicioso.



Filarmônioca Bachiana no Pedro II.

Foi uma noite memorável no teatro Pedro II com a presença da Filarmônica sob a regência do maestro João Carlos Martins e do tenor Jean Willians. Com todos os lugares ocupados e  renda revertida para para a ABRACCIA, o público se emocionou com a história do mestre João Carlos e com a voz potente de Jean ao cantar My Way.

Há uma semana eles fizeram uma apresentação no Linchon Center em New York (USA) para 2800 pessoas que contou com 5 bis. Realmente, isto não é para qualquer um, mas para quem trabalha, compartilha e saber o valor de cada conquista. Quem acredita sempre alcança.  http://www.fundacaobachiana.org.br/
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Meu momento de reencontro com o amigo Jean e o iluminado maestro João Carlos.



ROLA em RIBEIRÃO PRETO.

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Programação Cultural para o final de semana.


Acesse:  www.rolaemribeiraopreto.blogspot.com
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** Textos Interessantes **

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Nesta coluna, publicarei alguns textos escritos por diferente autores, sejam eles conhecidos do público ou pessoas comuns, mas com uma bela sabedoria para escrever sobre assuntos que valem a pena ser lidos para uma reflexão do que acontece em nosso planeta.
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Um cheiro no ar
Heloisa  Bolelli - Jornalista e editora do Jornal Metrópolis-RP

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Ia eu de ônibus. Nem tão lotado estava, mas optei por ficar próxima à porta, uma vez que o trajeto não seria mesmo tão longo. Era mais para fugir do calor. Opressivo aquela hora de almoço.
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Foi na passagem pela catraca que o cheiro entrou pelas narinas. O cheiro de urina, invadindo, dominando.
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De onde vinha, foi o primeiro pensamento. Não me importei com a busca. Talvez porque, ao me ater na jovem que de pé apoiava a mulher que estava sentada, aí eu vi.
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Impossível - para mim assim foi - não ver. Não vê-la ! Ainda que com olhos baixos, as lágrimas escorriam pela face magra, lavando o rosto que denunciava uma beleza hoje um tanto apagada. Deve ter sido lindo o outro rosto.
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Na cabeça, o lenço bem amarrado entregando a doença... e eu não podia desviar os olhos. Não era para o chão molhado a seus pés, não era para a frágil bolsa presa à cintura. Não... era o choro silencioso de uma vergonha/tristeza que mexia com a dignidade que ela carregava.
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A humilhação ali tão exposta frente a tantos rostos que seguramente não a viam vendo. O que havia era um pensamento impiedoso: não faço parte disso. Beco sem saída. A fuga tornou-se o caminho do homem.
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Algo me prendia ali, próxima. O cheiro da urina era como um grude, puxando, retendo.
Incomodei-me. Acabara de sair de uma sessão de análise que acolhe no conforto íntimo de uma sala para dar de frente com a realidade que te bate na cara sem pedir licença. E implica movimento. E enquanto flechas não temos limites. Polaridades opostas.
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A paisagem correndo. E eu ali, precisando mudar a energia da mente para o coração. Revolta ou vontade furiosa de que pudesse ser de outra forma.
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O que lhe oferecer naquele tão curto espaço de tempo? A urgência premente. Pensar veloz. Ser sem regras, mas ser consciente. Só sabia que não podia tornar a situação pior.
O cheiro de urina presente.
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Então acontece. Pergunto à jovem que ainda de pé a ampara, se tomam café. Sim, em casa o cheiro bom escapa pela janela.
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Estendo-lhe o pequeno pacote. Não vou usá-lo mesmo.
O sorriso é lindo no rosto da filha que eleva a voz na surpresa do contentamento "mãe! ganhamos café!".
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Ainda é pó, mas já é celebração quando diz que o tratamento começará a ser menos doloroso.
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Deixa Deus ser uma benção. Um dia a doença voará para fora daquele corpo.
Agradecemos juntas. E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta.

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Enquanto caminhava sob o sol da rua, constatei que tornava-me livre, crescendo comigo.
Bem baixinho, sussurros nos meus ouvidos, ouço Caio Fernando Abreu em "continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo".
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Setembro de 2011

Um comentário:

Lia disse...

Ai Ellen...que coisa mais linda esse restaurante! Pena que seja para poucos!