Licença + Orquestra + Esspaço José + Mostra da Juventude + Currículo

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G´day  Mate!

O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio. (Sartre)

Comentário

Licença e Interesses.

É muito interessante a atitude dos políticos quando sentados em seus tronos seja aqui em RP, São Paulo ou Brasília. Aqui em RP deu o que falar o caso da diretora da rede municipal que estava em licença médica de dois meses e foi denunciada por uma colega por ter ido a Paris e postado fotos no Facebook do vereador Cicero Gomes. Ela foi exonerada do cargo. Claro que, se ela agiu de má fé, utilizado uma licença sem necessidade para fazer uma viagem, é justo. Tem muita gente utilizando de licença sem necessidade.

O detalhe é que neste caso a exoneração foi mais que rápida, enquanto outros casos escandalosos ficam sem solução. Os políticos ou pessoas em um cargo de confiança pelo mandatário do poder continuam como se nada tivesse acontecido. Boa parte sorri com deboche, afinal estão acima da lei e de todos, eles pensam.

Observe o que acontece em Ribeirão tanto na Câmara de Vereadores como no Executivo. Quantos já não tiraram licenças e estavam por ai curtindo? Casos gravíssimos e nada acontece como a falta de decoro dos vereadores que encontraram com o vereador cassado, a questão de venda de casas da COHAB, os gastos da câmara, nosso dinheiro jogado fora com os tapas buracos que é um faz de conta e agora obras que já deveriam estar prontas sendo anunciadas como o grande presente de Natal. Tem também o aluguel do espaço para os camelôs que foram pagos por 10 meses e nem pronto ficará este ano.

Ah! Tem a Avenida Henry Nestle em uma bela briga para saber quem é o pai ou a mãe da dita: a prefeita ou o governador. Nenhum dois. Somos nós, povo, afinal a obrigação deles é gerenciar e nos dar uma condição melhor e isto eles não estão fazendo. Quem paga os impostos?

Dinheiro de impostos que vão para o ralo e ninguém é demitido por isto, mas virá propaganda de grandes obras e somente quem acredita em Papai Noel não percebe que hoje boa parte dos políticos são empresas, ou seja, eles querem é lucro.

Nunca nesta cidade tantas pessoas sem competência estão exercendo alguma função e deixando a cidade na situação em que se encontra. Triste.

Cafeteria.


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Concerto 10!

A OSRP apresentou um belissímo concerto no último dia 26 de novembro no Teatro Pedro II com a regência do maestro Claúdio Cruz, Coro da Orquestra e vários solistas. As peças foram de Richard Wagner a Antoín Dvorák.

O maestro Cruz deixará a orquestra em dezembro para novos desafios em sua carreira e um novo será escolhido. A diretoria está elaborando o processo de seleção. Em dezembro haverá o tradicional Concerto de Natal com as músicas gravadas pela orquestra cujo CD está á venda na sede da orquestra.

http://www.osrp.org.br/

Esspaço José.

Um novo espaço cultural abriu as portas em RP na Rua São José 1841. Com vários ambientes, a proposta dos proprietários é oferecer exposições, vendas de obras de arte, produtos artesanais, livros e um bar-café para um happy hour. Tudo muito bem planejado em um estilo que antes só podia ser encontrado em grandes cidades do mundo como Paris, New York e Londres.  Um espaço charmoso e para quem curte arte e diversão.

22ª Mostra de Arte da Juventude.

Em cartaz no SESC-RP, a mostra oferece a oportunidade para jovens talentos exporem seus trabalhos. Artistas do Brasil inteiro participaram da seleção. Entre os selecionados, o primeiro lugar ficou com uma  ribeirãopretana.

Com obras contemporâneas que abordam o dia-a-dia do que passa despercebido e com detalhes do que causa o espanto do expectador para o inusitado. A exposição ficará em carta até o dia 29 de dezembro.

** Textos Interessantes **

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Nesta coluna, publicarei alguns textos escritos por diferente autores, sejam eles conhecidos do público ou pessoas comuns, mas com uma bela sabedoria para escrever sobre assuntos que valem a pena ser lidos para uma reflexão do que acontece em nosso planeta.

A REFORMA CURRICULAR
Karin Lucas – Jornal GAZETA de RP - 26 11 11

Estamos diante de um evidente embate programático no interior do pensamento dos rumos da educação nacional. Enquanto Brasília discute e propõe diretrizes nacionais para o Ensino Médio, o Estado de São Paulo segue implantando outra opção de reforma. O Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Ministério da Educação e Cultura (MEC) vêm discutindo a reorganização curricular do Ensino Médio público do País. Tal proposta chama-se “Ensino Médio Inovador” e propõe reformas em, pelo menos, três aspectos fundamentais: a formação dos professores, a gestão escolar e o desenvolvimento curricular.

Estudos recentes mostram que o Ensino Médio em nosso País se tornou a mais desinteressante e inócua das modalidades, tanto para os jovens, como para os professores e gestores, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares. O Ensino Médio tornou-se apenas uma ponte para as universidades, sem valor formativo em si. Em nosso atual sistema educacional o Ensino Médio é de responsabilidade das redes estaduais, o que dificulta a implantação de reformas articuladas nacionalmente, já que cada região e Estado trata de forma diferenciada suas redes e os debates e reformas nacionais, mesmo que promovidos e sustentados pela sociedade educativa por meio de espaços legítimos e institucionalizados, ficam como mera sugestão do MEC, que, por sua vez, assume papel indutor e não de definição no sistema.

Se analisarmos mais detalhadamente o programa chamado “Ensino Médio Inovador” identificamos, em especial do ponto de vista curricular, uma proposta que aponta para uma concepção de educação integral, ou seja, que articula a formação técnica, propedêutica e cidadã a partir de amplas áreas de conhecimento (áreas essas que orientam as provas do Enem). Além disso, seriam incluídas atividades práticas para complementar o aprendizado e disciplinas optativas entre outras mudanças, como o aumento de carga horária e formação permanente dos professores e gestores.

No Estado de São Paulo, apesar do MEC e CNE terem realizado inúmeras audiências públicas para discutir o novo programa, fica evidente que a proposta de reforma para o Ensino Médio apresentada pelo governo do Estado de São Paulo sugere uma concepção antagônica à discussão nacional. São propostas que explicitam uma organização curricular fragmentada e “conteudista” visando o aumento de disciplinas, com resgate claro das “grades curriculares”, acirrando a disputa por hora-aula entre os diferentes professores, sobrepondo conteúdos desta ou daquela área e, sobretudo, com o foco no “mercado de trabalho”.

O anúncio de diminuição da carga horária do Português e da Matemática ignoram pressupostos básicos das teorias de aprendizagem e desenvolvimento humano: interpretar, raciocinar, pensar, enfim, são ferramentas indispensáveis a toda e qualquer área de conhecimento, não desta ou daquela disciplina. Isso significa que podemos e devemos aprender a ler e calcular pela leitura de mundo como nos ensina Paulo Freire.

Estamos claramente diante de concepções de sociedade e de humanidade que inequivocamente orientam os projetos educacionais e que se materializam cotidianamente nas escolas, por meio de instrumentos da gestão político pedagógica, se disseminam pela linguagem corporal, pela fala e pela escrita e assim, como se tudo fosse sempre o mesmo, vão se formando e conformando pessoas e sociedades. Até que voltemos à questão central: qual o papel social da Escola? Saber identificar que projeto de sociedade estamos construindo ou reconstruindo é o primeiro passo para entender melhor o papel estratégico da educação.

(Karin Lucas é doutora em Educação, pesquisadora do Núcleo de Políticas Públicas Educacionais da PUC-SP)