quarta-feira, 9 de maio de 2007

Comportamento + Galeria de Fotos Jenny.


Hello....

Você chegou até aqui. Cool! Peço que leia o texto abaixo, reflita sobre ele. Deixe seu comentário ou vamos falar pessoalmente na escola. Te aguardo.
P.S. Virada Cultural - programação no dia 07 de maio.Confira ou no site: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/principaln.asp?pagina=scultura/viradacultural/i14virada.htm
Resultado do 1º concurso do blog publicado no dia 08 de maio. Verifiquem.

Comportamento - BRASIL : ame-o ou ame-o

Quando o assunto é arte, muitos adolescentes não abrem mão do produto nacional; saiba por que eles preferem a música, o cinema, a literatura e até a culinária nacionais
Leticia De Castro da Folha de São Paulo - Folha Teen

Eles não estão nem aí para o último hype da parada inglesa nem para a mais nova sensação de Hollywood.Seja por uma identificação maior com os temas, seja pela facilidade de entender as mensagens ou simplesmente por afinidade, muitos jovens não abrem mão do produto nacional quando assunto é cultura.E não são apenas o samba ou a bossa nova, criações tipicamente brasileiras, que agradam esses adolescentes.



O rock e o cinema nacionais também são motivo de orgulho.O estudante de biologia Cassio Mochi Júnior, 20, é um exemplo. Fã de hardcore -uma dissidência do punk rock surgida em Washington (EUA), nos final dos anos 70- ele só curte bandas nacionais.Entre as favoritas estão Dead Fish, Aditive e Sugar Kane, que, apesar dos nomes em inglês, são todas brasileiras e cantam em português."Essas bandas têm letras muito boas, de crítica social. Elas falam sobre coisas do Brasil, que fazem muito mais sentido pra mim", afirma Júnior.Quando começou a curtir esse tipo de som, ele quis conhecer as bandas americanas que influenciaram o trabalho de seus artistas preferidos. "Algumas eu escutei, mas o som não me agradou. Achei as letras um pouco vagas", completa.Para ele, não são apenas as bandas brasileiras que têm mais a dizer que as americanas: no cinema, é a mesma coisa.


"Quando quero conteúdo, procuro filmes brasileiros. Hollywood não passa de diversão."Aline Nordi, 18, que pretende cursar artes plásticas para trabalhar com direção de arte em cinema, concorda. Para ela, o cinema hollywoodiano é "chato, repetitivo e previsível"."Até pela falta de dinheiro, precisamos ser mais criativos no Brasil e na América Latina. A gente sabe usar melhor os recursos emocionais nos roteiros. Um cineasta como Jorge Furtado consegue atingir um ápice emocional com pouco recurso", afirma a estudante, que também admira Fernando Meirelles e os diretores do cinema marginal.Mas ela faz uma ressalva: "O problema é quando cai no estereótipo da favela, da violência. A gente já é muito discriminado", admite a estudante, que, ainda assim, acha os filmes nacionais superiores.



Layla Rodrigues, 20, estudante de direito, é voz dissonante em relação ao cinema. "O nacional está difícil. Admito que o cine americano é bom." Mas essa é a única concessão que ela faz ao estrangeiro.Tubaína Layla é fã de rock e gosta de bandas nacionais, como Capital Inicial, Pato Fu, Legião Urbana e Cidade Negra, por conta das letras e da sonoridade.Sucessos gringos, como System of a Down e Linkin Park, não têm vez em sua seleção. "O som é muito estridente e barulhento, e as letras não têm nexo", diz.Quando o assunto é gastronomia, ela não abre mão dos brasileiríssimos arroz, feijão e bife, ou de uma bela feijoada.Refrigerante, só em último caso e nunca Coca-Cola. Ela prefere a boa e velha Tubaína. "Eu me recuso a entrar no Mc Donald's. Detesto hambúrguer, tem muita coisa junta, não dá para sentir o gosto de nada."Na literatura, a produção brasileira também leva vantagem. "Até gosto de "O Código Da Vinci", de "O Mundo de Sofia", mas me identifico muito mais com Machado de Assis e Clarice Lispector."Em janeiro, quando o Folhateen publicou uma matéria sobre adolescentes que rejeitavam a cultura brasileira, ela mandou um e-mail indignado para o caderno. "Acho que o patriotismo em excesso é perigoso, mas precisamos valorizar a nossa cultura. Não entendo quem tem vergonha", comenta.



Balada Quando vai a festas, a estudante Bianca Borgianni, 14, é das poucas convidadas que não se empolgam muito na pista de dança. Isso porque nas baladas o que predomina é o pop e a black music de artistas como Beyoncé, Mariah Carey e Black Eyed Peas."É uma música feita só para ganhar dinheiro. Por isso, eles colocam essas garotas saradonas para seduzir o público, mas o som fica em segundo plano", diz Bianca, que nunca comprou um disco desses artistas. "Não estou interessada em dar dinheiro para esses caras."O que ela realmente gosta é de MPB, tanto dos medalhões, como Chico Buarque e Caetano Veloso, quanto da nova geração, representada por cantoras como Maria Rita e Céu.Mas ressalta: não dá para ter preconceito contra artistas estrangeiros. "Eu gosto de rock clássico, mas os artistas atuais não me agradam."



Outra que não curte o pop gringo atual é Julia Codas, 15, amiga de Bianca. "O que toca nas rádios é muito tosco. Uma vez, para um trabalho de escola, eu traduzi algumas letras do Black Eyed Peas e fiquei chocada. Eram péssimas."Assim como Bianca, ela prefere a MPB, porque acha as músicas mais sofisticadas e as letras mais elaboradas. "Nas músicas do Chico Buarque da época da ditadura, por exemplo, dá para perceber o que estava acontecendo, mas não há nada explícito. Ele exige uma reflexão para entender", conta a garota, que também é fã de Beatles e de Ray Charles.



Anita Ayres, 15, da mesma turma de Bianca e de Julia, também é fã da música brasileira. "A MPB fala de muitos assuntos diferentes que têm a ver com a nossa realidade. Para mim, é fundamental entender o que o artista está falando."Além da música, ela admira também artistas plásticos brasileiros, como Hélio Oiticica. "O legal é que a gente pode interagir com as obras", conta a estudante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Para embarcar nesse passei eu rezari para o Matheus 2°B deixar eu ganhar pelo menos um vez o concurso do blog

Suelen 2°B